Cultura de aprendizagem nas organizações

No terceiro episódio da websérie SOS RH: a vez da Educação Corporativa, Conrado Schlochauer falou sobre o desafio de desenvolver a cultura de aprendizagem nas organizações. O especialista destacou que 84% das pessoas que participam de algum programa de treinamento nas empresas não têm melhoria de performance. Ou seja, os treinamentos não geram aprendizado! E explicou que aprender é:

Explicitar o conhecimento por meio de uma performance melhorada. É estar preparado para tudo o que está acontecendo.

Em outras palavras, é colocar o conhecimento para fora fazendo algo melhor.

O conhecimento já está acessível para as pessoas, o que elas, muitas vezes, não sabem é como externalizá-lo. Consumir vários conteúdos, ler muitos livros ou participar de inúmeros treinamentos na empresa não significa que a pessoa aprendeu algo.

Para Conrado, a área de Recursos Humanos (RH), nas organizações, replica um modelo educacional clássico e ultrapassado, baseado em conteúdo e na aprendizagem heterodirigida, termo que o especialista desenvolveu durante seu doutorado e que significa “quando o outro define o que será aprendido”. Esse modelo clássico é baseado, também, no comando e controle e na falsa expectativa de que o RH sabe mais do que a pessoa sobre o que ela precisa. O oposto desse termo é  aprendizagem autodirigida – “quando eu defino o que vou aprender”.

Exemplo de comando e controle: o YouTube está aberto ou fechado na sua empresa?

Conrado defende que “aprender a aprender” precisa ser incentivado nas organizações e, para isso, a área de RH deve se atentar para o que ele chamou de três “C’s”:

  • Curadoria: assumir que a área, agora, é curadora de conteúdo, de pessoas que podem e querem ajudar, de novos métodos e ferramentas.
  • Contexto: compreender o contexto para ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos e os da empresa – parar de olhar apenas para o meio (que é o conteúdo) e olhar para o fim, que é onde a pessoa e a empresa querem chegar.
  • Cultura: na cultura de aprendizagem, o líder deixa de ser aquele que vai desenvolver a pessoa e torna-se o criador do ambiente ideal para essa pessoa se desenvolver.

Outra sugestão de Conrado para a área de treinamentos nas empresas é trocar os indicadores que existem hoje – “eles não servem para medir o desempenho” – os quais precisam estar vinculados às necessidades da empresa.

Antes de pensar no indicador, pense no problema que é para ser resolvido.

Para conferir essa interessante conversa (se você é da área de RH, vale muito a pena!), confira o vídeo do terceiro episódio.

E se inscreva para o último episódio da websérie:

 

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