Por Alessandro Rico
A globalização e a integração das nossas rotinas com o meio digital transformou a maneira com que as pessoas consomem e absorvem conhecimento. Após cerca de meio século vivendo na sociedade em rede, os padrões comportamentais se alteraram e as empresas precisam ficar de olho nas mudanças, e isso inclui o mercado de treinamento e desenvolvimento corporativo.
O tempo concorrido dos profissionais e a velocidade no trânsito de informações, somados à necessidade de compreensão integral dos conteúdos, são características que se destacam no cenário, o que o torna ideal para a difusão de uma tendência que, mesmo depois de 5 anos sendo aplicada de forma mais efetiva, ainda é atual no desenvolvimento dos colaboradores: o microlearning. Um formato que surgiu como um potente aliado na busca de novas soluções de treinamentos para uma melhor aplicação prática no dia a dia da equipe.
Com duração rápida, normalmente de 1 a 5 minutos, o método reúne informações relevantes, com linguagem simples e direta que, em muitos casos, oferecem uma solução imediata para um desafio pontual. São utilizados no treinamento e desenvolvimento de habilidades e competências, sejam elas comportamentais ou técnicas.
O investimento na modalidade ganhou popularidade não só por promover o desenvolvimento das equipes, mas também por oferecer um custo mais otimizado, pois vai direto ao ponto. O microlearning também cria uma maior percepção de valor com relação aos treinamentos mais tradicionais, pois oferece um suporte mais alinhado às atividades do dia a dia, muitas vezes com algum direcionamento prático.
Por tudo isso, em um cenário onde o mercado de treinamento corporativo busca novas soluções para engajar os seus colaboradores, o microlearning se tornou tendência e encontra espaço para crescer cada vez mais.
Os benefícios do microlearning na aprendizagem
Devido à sua característica mais objetiva, comparado a outros métodos de treinamento e desenvolvimento, o microlearning é mais assertivo, tanto em relação à aplicabilidade como com relação ao resultado.
Com adição de ser um método de fácil adequação aos públicos, inclusive, pela variedade de formatos que pode assumir – como vídeos, podcasts, cartilhas, mini games, e-books, cards colecionáveis, entre outros – sua aplicação permite que a empresa atue da maneira que for mais conveniente para ela e para os seus colaboradores.
Não à toa, de acordo com dados divulgados pela empresa Software Advice, o microlearning aumenta o engajamento das equipes aos projetos de desenvolvimento em até 50%.
O microlearning também se torna muito interessante para os líderes e gestores, que para alcançar seus resultados precisam mapear e frequentemente alinhar pontos mais relevantes e estratégicos para a companhia, em busca de seus objetivos de negócio. Nesse processo, os gaps dos times são identificados e, com o recurso, ações de correção ou de melhoria na performance podem ser aplicadas rapidamente, evoluindo os graus de proficiência dos colaboradores.
Segundo levantamento realizado pela RPS Research, essa estratégia de aprendizagem melhora o foco e pode aumentar a retenção de talentos em até 80% nas empresas.
Como incluir o microlearning na minha empresa?
Além da criação de estratégias para a identificação, construção e disponibilização dos conteúdos neste formato, um planejamento de comunicação, com foco na adesão, se torna um importante aliado para, logo em seguida, se buscar a fidelização dos aprendizes por meio da percepção de valor das atividades propostas.
Por isso, trabalhar com profissionais e fornecedores que dominem as técnicas de desenvolvimento de tópicos rápidos e que detenham metodologias para o entendimento das necessidades dos públicos e da companhia sempre é um caminho que pode ser considerado para que se atinjam, da forma mais rápida, os resultados esperados com a implementação deste método de aprendizagem.
Alessandro Rico é sócio e diretor de Soluções Digitais da Building 8.