No contexto educacional, o WhatsApp proporciona um misto de “amor e ódio” entre professores e alunos. O fato é que já faz um tempo que essa ferramenta vem sendo amplamente utilizada na sala de aula e, agora, com a pandemia, seu uso se potencializou, a ponto até de terem cursos sendo totalmente realizados por meio desse aplicativo de mensagens instantâneas.
Isso mesmo! O vilão virou mocinho para o curso de formação de professores em Pensamento Computacional, que utilizou a técnica de microlearning associada a outros elementos do design educacional, para garantir o processo de ensino e aprendizagem. O curso foi dividido em dois grupos com seis participantes cada, e aconteceu durante uma semana no mês de Julho.
Quem compartilhou essa experiência durante o sexto episódio do Expediente foram as professoras Marilene Garcia e Renata Costa, juntamente com duas alunas da turma, uma de cada grupo, Heloisa Teixeira e Tâmara de Medeiros.
A ideia surgiu durante uma palestra que Renata ministrou em um congresso. Ali, ela compartilhou o desejo de fazer um curso experimental, via WhatsApp, que fosse rápido, inclusivo e tivesse baixo custo. Algum tempo depois, ela convidou a professora Marilene para cuidar das estratégias de design educacional desse curso.
Para desmistificar o uso do WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem, Marilene destacou que houve um cuidado em deixar bem clara qual era a finalidade do curso, como ele estava estruturado, sua duração e o aprendizado que os participantes teriam. Foi adotada, então, uma metodologia ágil associada ao microlearning, ou seja, pequenas “porções” de conteúdos orientados para as atividades práticas e com uma boa comunicação didática.
Isso fez com que a plataforma (WhatsApp) pudesse ser vista com outros olhos, passando de “vilã para “mocinha”
Foi feito um processo seletivo simples e rápido com o objetivo de conhecer um pouco o perfil dos interessados. A quantidade de inscritos chamou a atenção das professoras – “teve gente do Brasil inteiro”. Assim, o curso que era para ter poucos alunos acabou se multiplicando em dois grupos (levando em consideração que o WhatsApp só faz videoconferência com até 8 pessoas).
Tâmara foi aluna de um dos grupos e destacou que achou curioso o fato de usarem o WhatsApp como plataforma educacional. Ela, que dá aulas de Matemática, passou a ver a ferramenta com outros olhos depois do curso.
Foi uma experiência única e o mais interessante foram as estratégias utilizadas: poucas pessoas em cada grupo, muita interação, conteúdos e atividades que conseguiam prender a atenção de todos.
Para Heloisa, aluna do outro grupo, a experiência foi gratificante e ressaltou que a comunicação clara e objetiva; a disciplina e o engajamento foram alguns dos pontos positivos.
A maneira como as professoras Renata e Marilene interagiram com a turma foi muito significativo, isso fez com que a gente não desistisse. E, o mais importante, me fez olhar para o WhatsApp como uma ferramenta educacional de fato.
Confira, em detalhes, a metodologia, a dinâmica de aprendizado e os resultados dessa interessante experiência assistindo ao vídeo na íntegra.
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